Por UIT-QI
Em pleno Ramadão, e sob a égide da impunidade proporcionada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, Israel levou a cabo dezenas de bombardeamentos e ataques de artilharia maciços contra Gaza durante a madrugada de terça-feira, 18 de março. Os hospitais e as morgues de Khan Yunis estão a transbordar de corpos de civis, na sua maioria mulheres e crianças. Em mais um crime contra a humanidade, Netanyahu e o seu regime mataram mais de 500 pessoas, incluindo altos funcionários do governo do Hamas e um refém israelita que aguardava libertação.
Esta não é uma ação isolada. Depois do frágil cessar-fogo conquistado pela resistência e pelo movimento mundial de solidariedade com a Palestina, o governo de Netanyahu tem executado outros ataques nos dias anteriores, bloqueou a ajuda humanitária e interrompeu a eletricidade, paralisando a central de dessalinização, e deixando assim a população de Gaza sem água, alimentos e medicamentos. Além disso, desde o início do cessar-fogo, há quase dois meses, Netanyahu levou a cabo inúmeros ataques contra a população que vive em campos de três centros de refugiados na Cisjordânia, e ordenou diretamente uma nova invasão com bulldozers, maquinaria pesada e armas de fogo, a fim de alargar o poder colonialista de Israel, de Netanyahu e dos seus colonos criminosos.
Isto prova, mais uma vez, que Gaza continua a ser uma prisão a céu aberto, onde o nazi-sionismo de Netanyahu dispara bombas e balas fornecidas pelos Estados Unidos e por Donald Trump. Isto foi afirmado pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que disse que os bombardeamentos tinham sido consultados com Trump – e, portanto, autorizados – ao mesmo tempo que declarou: “Como o Presidente Trump deixou claro, o Hamas, os Houthis, o Irão – todos aqueles que procuram aterrorizar não só Israel, mas também os Estados Unidos – pagarão um preço e o caos seguirá”.
A partir da Unidade Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (UIT-QI), apelamos aos povos do mundo, e a todas as organizações estudantis, sociais, sindicais e políticas, para que retomem a mobilização da solidariedade mundial com Gaza e com a Palestina, e repudiem energicamente e nas ruas esta nova ação criminosa que Netanyahu está a levar a cabo sob o olhar frustrado da diplomacia capitalista e hipócrita, incapaz de parar os massacres. Exigimos um cessar-fogo imediato, a retirada de todas as tropas israelitas e o fim dos bombardeamentos, bem como a libertação imediata de todos os postos fronteiriços para garantir a entrada de alimentos, medicamentos e materiais para a reconstrução e o restabelecimento imediato da eletricidade. Repudiamos igualmente os bombardeamentos levados a cabo pelos Estados Unidos contra o Iémen, e exigimos a retirada imediata das forças israelitas dos Montes Golã, na Síria, que se aproximam de Damasco. Repudiamos a detenção ilegal e a ameaça de deportação de activistas que defendem a liberdade da Palestina e de Gaza, como aconteceu com Mahmoud Khalil nos Estados Unidos.
Parem os bombardeamentos em Gaza e na Palestina, parem a limpeza étnica, cessar-fogo já e tropas israelitas fora de todo o território palestiniano! Por uma Palestina única, laica, democrática e não-racista, retomemos a mobilização mundial para que todos os governos rompam relações com Israel, rejeitemos nas ruas o imperialismo norte-americano de Donald Trump e dos seus sequazes que apoiam os massacres nazi-sionistas contra a Palestina!
