A 25 de julho, o reconhecido intelectual e ativista socialista russo Boris Kagarlitsky foi detido e acusado de “justificar terrorismo” pelo Serviço Federal de Segurança (FSB), antes de ser imeidatamente transportado para a cidade de Syktyvkar, a 1300 km de Moscovo. Lá, numa audiência à porta fechada sem a presença do seu advogado, o tribunal decidiu que deveria ser detido até ao seu julgamento em setembro, onde poderá ser condenado a uma pena de prisão até 7 anos.
A prisão e detenção de Kagarlitsky vem no contexto de uma campanha repressiva que o governo russo tem vindo a levar a cabo com a intenção de silenciar todas as vozes que se opõem à invasão da Ucrânia e às suas políticas internas. Desde o ano passado, o governo de Putin tem-se dedicado a perseguir, prender ou forçar ao exílio políticos, intelectuais e activistas reconhecidos que se opuseram publicamente à guerra, bem como simples cidadãos que expressaram as suas opiniões nas redes sociais. O próprio Kagarlitsky foi rotulado de “agente estrangeiro” em maio do ano passado.
Manifestamos a nossa solidariedade para com Boris Kagarlitsky e exigimos a sua libertação imediata, bem como a libertação de todas as pessoas detidas por razões políticas na Rússia.
