No passado dia 11 de julho, o país ficou a saber que o MAS enfrentava uma grave crise interna, quando André Pestana saiu a público, anunciando que se demitia do partido devido à ação de um suposto “grupo destrutivo” que estaria a atacar os “históricos”, motivo pelo qual teria deixado de se “sentir útil” na nossa organização.
Em primeiro lugar, lamentamos que André Pestana tenha colocado a visibilidade que alcançou como líder do S.TO.P. para dar cobertura a uma manobra antidemocrática e anti-estatutária por parte de Gil Garcia e João Pascoal, os tais “dirigentes históricos” do partido que, não sabendo ser minoria nem na nossa Comissão Executiva, nem na nossa Comissão Nacional, ambas democrática e legitimamente eleitas, procuraram, através desta manobra, forjar a legitimidade que não têm para mudar por completo o projeto de construção do MAS, também ele votado no nosso congresso, o órgão máximo de decisão do nosso partido.
Como temos vindo anunciar, desde o dia 1 de julho este grupo de 5 dirigentes, apesar de representar um setor minoritário na direção do MAS, decidiu passar por cima dos organismos e estatutos da organização para proceder ao sequestro ilegítimo de todos os nossos meios, comunicando que estes estariam “congelados” até chegarmos a um acordo que os satisfizesse. Depois de se recusarem a reunir, conseguimos finalmente, a 7 de julho, iniciar negociações para um acordo de separação amigável, sem ataques públicos, tendo este setor afirmado que devolveria tudo e saíria do MAS para se dedicar ao seu novo projeto de construção de um partido mais amplo e centrista, no qual a maioria dos nossos militantes e dirigentes não se revê.
Assim, foi com espanto que, no dia 11 de julho, enquanto aguardávamos a resposta final à nossa proposta de acordo e a devolução de todos os nossos meios, vimos estes camaradas romperem as negociações sem aviso prévio, com o anúncio público feito por André Pestana, propositadamente para lançar dúvidas sobre a legitimidade da atual direção do MAS, abrindo caminho para que depois Gil Garcia pudesse fazer o resto.
Desde então, Garcia tem-se desdobrado em mentiras e omissões na comunicação social, procurando deslegitimar toda a nossa organização, a maioria dos militantes e dos dirigentes, tanto relativamente à nossa direção eleita em congresso, como às diferenças políticas e de método que levaram a toda esta situação, procurando assumir-se como “presidente”, coisa que o MAS nunca teve, em completo atropelo da forma de funcionamento da nossa organização e da democracia interna a que todos temos direito. Infelizmente, até hoje, a maioria dos dirigentes do MAS continua sem acesso ao site e e-mail oficiais do partido, assim como às redes sociais que lhes estão associadas (Facebook e Instagram) e à conta bancária.
É por todos estes motivos – e, sobretudo, porque não estamos dispostos a baixar os braços perante esta injustiça – que lançamos a campanha “Em defesa do MAS” (emdefesadomas.net), um apelo à justiça, à transparência e à preservação da democracia interna do nosso partido.
Pelo MAS, os membros da Comissão Nacional,
Ângela Lima,
Bruno Cancelinha,
Joana Silva
Nuno Geraldes,
Renata Cambra,
Vasco Santos