No passado dia 10 de Junho, o ator Adérito Lopes foi agredido por elementos ligados a grupos neonazis à entrada do Teatro A Barraca, em Lisboa. Este ataque covarde e racista é absolutamente inaceitável e não pode ficar impune. Toda a nossa solidariedade ao Adérito e à equipa do espetáculo que foi forçada a suspender a sessão.
Este crime de ódio, cometido em pleno espaço público e numa data simbólica, não é um caso isolado. Soma-se a uma escalada de violência promovida por organizações fascistas como o grupo 1143, Habeas Corpus e Reconquista, que têm perseguido jornalistas, pessoas LGBT, imigrantes e ativistas com total impunidade. O silêncio cúmplice do governo e da Presidência da República diante destes factos só agrava a situação, permitindo que a extrema-direita continue a operar livremente e faça treino de milícias, enquanto tenta manipular a opinião pública com discursos xenófobos sobre insegurança.
É urgente dar uma resposta coletiva. Apelamos às centrais sindicais, aos sindicatos da cultura, aos movimentos sociais, antirracistas, feministas e LGBT, às associações de imigrantes e às organizações de esquerda que convoquem urgentemente uma manifestação unificada e à organização de uma plenária unitária para formar uma comissão independente que investigue o crime, visto não confiarmos na justiça do regime. Exigimos a punição imediata dos responsáveis, assim como a ilegalização dos grupos fascistas 1143, Habeas Corpus e Reconquista, entre outros que estejam identificados.
A extrema-direita combate-se nas ruas, com solidariedade e organização.
Basta de impunidade para a violência fascista!
Ilegalização imediata dos grupos neonazis!
Justiça para Adérito Lopes e para todas as vítimas da extrema-direita!
Investigação e punição dos culpados!
Trabalhadores Unidos
Lisboa, 11 de Junho de 2025