Esta semana, a sede do nosso partido, em Lisboa, foi alvo de uma tentativa de intimidação levada a cabo por elementos do grupo neonazi conhecido como “1143”. Um ou mais membros deste grupo deslocaram-se ao local e colaram um autocolante com o seu símbolo — um gesto deliberado e orquestrado para ameaçar a porta-voz do Trabalhadores Unidos, Renata Cambra, e os restantes militantes que frequentam diariamente o espaço.

Esta ação não surge isolada. Renata Cambra tem sido alvo, nas redes sociais, de uma sucessão de mensagens violentas e ameaçadoras, incluindo frases como “o que é teu está guardado”, “não te preocupes ordinária que a tua horinha vai chegar”, “o tempo não esquece e não terás paz em lugar nenhum deste meu país” e “vou torcer para que sejas violada”. A origem destas ameaças está ligada diretamente ao facto de Renata Cambra ter tido a coragem de apresentar queixa contra Mário Machado, líder do 1143, e Ricardo Pais, também pertencente ao grupo. Agora, com a pena de prisão de Mário Machado — 2 anos e 10 meses de prisão efetiva — prestes a ser executada, a escalada de intimidação intensificou-se.

A colagem do autocolante na sede do Trabalhadores Unidos, que não está sequer identificada com qualquer placa ou letreiro público, pretende transmitir uma mensagem provocadora e ameaçadora: estão a seguir os nossos passos, estão a vigiar, querem vingar-se. Esta ação é muito mais grave do que os insultos lançados atrás de um ecrã — é a presença física, o aviso silencioso mas carregado de violência simbólica. Mas deixamos claro: não nos vão calar.
O partido Trabalhadores Unidos reforçou a segurança na sede, e Renata Cambra apresentou queixa formal junto da Polícia Judiciária na tarde de quinta-feira, 8 de maio. Continuaremos a lutar, lado a lado, por uma sociedade livre do ódio, do fascismo e da intimidação política. Não cederemos ao medo. Se a extrema-direita acredita que nos vai parar com ameaças e violência, está profundamente enganada.
A coragem é a nossa resposta. E a solidariedade, a nossa arma.
TRABALHADORES UNIDOS
Lisboa, 10 de maio de 2025