Renata Cambra enfrenta Mário Machado em tribunal

5 de Fevereiro, 2024
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No dia 6 de fevereiro, às 9h, no Campus da Justiça, a porta-voz do Movimento Alternativa Socialista, Renata Cambra, estará frente a frente com o neonazi Mário Machado em tribunal, representada pelo advogado António Garcia Pereira. Este enfrentamento judicial decorre de acusações apresentadas por Renata Cambra, que denuncia Machado por incitamento ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda, e terá como testemunhas nomes como Ana Gomes, Isabel Moreira e Guadalupe Amaro.

A acusação específica baseia-se em mensagens publicadas no Twitter (agora X), onde Mário Machado e Ricardo Pais apelaram à “prostituição forçada” das mulheres dos partidos de esquerda “tipo arrastão”, para “motivar as tropas” e visaram diretamente Renata Cambra, afirmando que receberia “tratamento VIP”.

Na acusação, deduzida pelo Ministério Público na sequência da queixa apresentada por Renata Cambra, lê-se que os arguidos “sabiam os arguidos que, com conotação que faziam das referidas mulheres à prostituição ofendiam, como ofenderam, a honra e consideração de todas as militantes dos referidos partidos e em especial Renata Coutinho de Almeida Cambra, por estas serem membros de partidos que perfilham ideologias políticas de esquerda, mas sobretudo, por serem mulheres”.

O arguido Mário Machado, que primeiro publicou um direito de resposta na revista Sábado onde se defendia afirmando que este incitamento ao ódio e à violência se tratava de “humor”, agora mente e nega que a conta @mariomachado777 fosse sua, apesar das inúmeras provas em contrário.

Em particular após os acontecimentos de sábado, dia 3 de fevereiro, com a marcha islamofóbica de Mário Machado, que as forças de segurança protegeram, apesar de esta ter sido proibida em diferentes instâncias por apelar ao ódio e à discriminação e ser, por isso, considerada anti-constitucional, torna-se claro que este líder da extrema-direita procura ativamente promover a perseguição e o medo.

Assim, apelamos à solidariedade da comunidade e da sociedade, não apenas para apoiar Renata Cambra neste momento, mas também para denunciar publicamente a disseminação do ódio e da violência perpetrada pela extrema-direita contra as mulheres de esquerda, assim como contra pessoas racializadas, migrantes e pessoas lgbtqia+.

Agradecemos a atenção e o apoio contínuo à luta contra a intolerância, a discriminação e a normalização da extrema-direita e instamos a presença ativa da comunicação social no julgamento, onde Renata Cambra prestará declarações.

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