No dia 13 de agosto, o presidente do Comité Olímpico Palestiniano, Jibril Rajoub, foi detido pelas forças de ocupação quando tentava chegar à sua casa na Cisjordânia.
Unidade Internacional de Trabalhadores – Quarta Internacional
Após os Jogos Olímpicos de Paris, as delegações mundiais regressam a casa. Mas não é fácil para a delegação olímpica palestiniana, que regressa a um país ocupado, assombrado e dilacerado pelo extermínio sistemático de Israel, que já matou cerca de 40.000 pessoas.
No dia 13 de agosto, o presidente do Comité Olímpico Palestiniano, Jibril Rajoub, foi detido pelas forças de ocupação quando tentava chegar à sua casa na Cisjordânia. Antes de ser libertado, o seu passaporte foi retido e foi convocado a comparecer perante os serviços secretos israelitas, num claro ato de perseguição. “Isto é de esperar de uma potência ocupante que extermina o nosso povo e procura deslocá-lo, sem distinguir entre uma mulher, uma criança ou um idoso”, afirmou Rajub, depois de declarar que não compareceria à convocatória.
Jibril Rajoub, dirigente da Fatah que passou 17 anos na prisão quando era jovem, tem vindo a denunciar sistematicamente, as violações dos direitos humanos de Israel às autoridades desportivas mundiais, procurando expulsar o país das competições desportivas internacionais. Nos últimos Jogos Olímpicos, Israel rejeitou a trégua da ONU, violou a Carta Olímpica e, desde 7 de outubro, matou 400 atletas e destruiu todas as instalações desportivas da Faixa de Gaza, incluindo o próprio recinto olímpico palestiniano. O estádio de Yarmouk foi transformado por Israel num centro de detenção e interrogatório e as instalações da federação de futebol de Gaza foram destruídas.
A Unidade Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (UIT-CI) repudia a detenção de Jibril Rajub, apoia a sua decisão de não comparecer perante a convocatória sionista e denuncia as violações dos direitos humanos por parte de Israel. Apelamos às delegações desportivas de cada país, aos clubes de futebol e aos seus adeptos para que repudiem estas acções persecutórias e cerquem de solidariedade o heroico povo palestiniano, a fim de levar a cabo uma campanha mundial para expulsar Israel das competições desportivas internacionais, como mais uma expressão do corte de relações com o Estado genocida de Israel.
Não ao genocídio sionista em Gaza! Israel fora da Palestina! Viva a heróica resistência palestiniana! Do rio ao mar a Palestina vencerá!